Se você me acompanha por aqui e em minhas redes sociais, sabe que frequentemente conversamos sobre design autoral.
Além de dicas, experiências, técnicas e tendências, falamos muito sobre o incentivo à produção de designers do nosso país, feita com criatividade e dedicação pelos profissionais.
Hoje, gostaria de propor um novo sentido ao debate: como podemos fazer, na prática, para incentivar o design autoral?
Antes de chegarmos a este assunto, é essencial lembrarmos da importância do tema. Ou seja, no que implica, de fato, o incentivo ao design autoral.
Primeiramente, devemos sempre ter em mente que o design local movimenta a economia.
Investir no que nossos designers produzem é também, e diretamente, investir no mercado nacional.
Para quem consome, é também sinônimo de qualidade. Peças produzidas com cuidado, carinho e em condições otimizadas de trabalho e uso dos recursos naturais, é o que garante a entrega de produtos melhores (em todos os sentidos).
Por último, mas não menos importante, gosto sempre de frisar que o design autoral é também um registro histórico da nossa sociedade.
Assim como a arte, a arquitetura e outras manifestações/construções culturais, o design carece de incentivo para que cumpra o seu papel histórico e social, eternizando e refletindo momentos, anseios e necessidades deste tempo em que vivemos.
Dito isso, vamos pensar juntos em como somar nesse processo.
Num primeiro momento, é natural que pensemos que consumir estes produtos é a forma de impulsionar o design autoral. E é claro que isso é fundamental, mas não é a única saída.
Aliás, eu diria que consumir, no sentido de comprar, é uma das partes de um todo. Consumir pode ir muito além disso.
Além de comprar produtos - de alta qualidade, como dissemos acima - dos designers autorais, sempre que possível, podemos consumi-los de diversas outras maneiras.
Como? Lendo estes criadores, acompanhando-os nas redes sociais, interagindo com suas obras, indicando para amigos que também gostam de design, pesquisando suas tendências, prestigiando seus conteúdos.
Consumindo a essência, e não somente o produto, entende?
Essa iniciativa fortalece quem cria, movimenta o nicho e enriquece quem consome. Todos saem ganhando.
Também devemos lembrar que muitos designers autorais enfrentam um grande desafio ao lidar com plágios e cópias, principalmente feitos por fábricas que produzem em larga escala e, consequentemente, com baixa qualidade.
Não faça parte deste desrespeito à propriedade intelectual do outro e aos seus direitos enquanto consumidor. Jamais compactue com a pirataria.
Além destes pontos, voltados a todos, mas sobretudo ao consumidor, vale lembrar que os designers também podem e devem estimular a produção autoral.
Quando você segue se especializando, investindo no seu processo e conhecimento, participando de feiras, eventos e premiações, você também mostra que o nosso nicho é forte e merece respeito, atenção e incentivo.
Coloque o valor da sua profissão em prática.
Você tem alguma dica ou sugestão para apoiar o design autoral? Conte para mim nos comentários. Vamos conversar!